Mamma mia! Se você é apaixonado por línguas, deve saber que o italiano tem uma musicalidade e charme únicos – assim como nossa própria língua! Mas, as semelhanças também podem causar confusão quando estamos tentando aprender um novo idioma.
É por isso que hoje, vamos desvendar as principais diferenças entre o idioma italiano e o português, mostrando o que você precisa saber para se aventurar na língua de Dante Alighieri e, quem sabe, experimentar todas as delícias dessa cultura surpreendente.
- O alfabeto: a base que começa igual
Antes de mais nada, vale lembrar que os dois idiomas têm suas origens no latim e, por isso, compartilham o mesmo alfabeto. Ambos são compostos por 26 letras, mas o italiano não faz uso das letras: J, K, W, X e Y no seu alfabeto padrão. Essas letras só aparecem em palavras de origem estrangeira.
- Pronúncia: o som da melodia
Uma das principais diferenças entre o português e o italiano, muitas vezes responsável pela confusão, é a pronúncia. Enquanto no português as palavras podem ser acentuadas na sílaba tônica, no italiano a regra geral é sempre pronunciar todas as letras (incluindo as vogais), o que resulta em uma melodia bastante singular.
E tem mais – no italiano, há uma distinção clara e fácil entre as vogais abertas (á, é, ó) e fechadas (à, è, ò), algo que nem sempre acontece no português. Isso faz com que a língua italiana tenha uma cadência mais marcada e contínua.
- Substantivos e gêneros: surpresas e confusões
Outra característica comum a ambos os idiomas é a divisão dos substantivos em gêneros, masculino e feminino. Em geral, as palavras terminadas em “o” são masculinas, e as terminadas em “a” são femininas. Porém, algumas palavras podem ter gênero diferente no italiano, causando surpresa e confusão para quem está aprendendo.
Por exemplo, “a chave” em português é feminino, enquanto que em italiano “la chiave” é masculino. Do mesmo modo, “o cão” em português é masculino, mas em italiano “il cane” é feminino. Nestes casos, a melhor dica é memorizar as palavras com suas respectivas categorias, para evitar confusões.
- Verbos: conjugação e formas irregulares
Na hora de conjugar verbos, ambas as línguas têm suas peculiaridades. No entanto, o italiano tende a ser mais regular, o que facilita a vida de quem está aprendendo (com algumas exceções, é claro).
No geral, os verbos italianos são divididos em três grupos: aqueles que terminam em “-are”, “-ere” e “-ire”. As conjugações são mais simples, seguindo um padrão menos variável em relação ao português. Porém, há verbos irregulares que fogem às regras, sendo imprescindível a dedicação e estudo para dominá-los.
- Palavras falsos amigos: cuidado para não se enganar
Quem nunca ouviu um “falso amigo” e pensou que sabia o que significava? Pois bem, tanto no italiano como no português existem palavras que parecem ter o mesmo significado, mas não têm. Por exemplo: “parente” em italiano significa “relativo”, enquanto que em português representa um “familiar”. Também temos “litigare”, que em italiano é “brigar” e não “litigar” como pode parecer.
Fique atento a esses falsos amigos e, sempre que possível, verifique o real significado das palavras no dicionário para evitar constrangimentos e confusões.
- Expressões idiomáticas e modo de falar: cada um na sua!
Por último, mas não menos importante, temos as expressões idiomáticas e o modo como cada língua é falada no dia a dia. Os dois idiomas têm muitas expressões próprias e que, muitas vezes, são intraduzíveis.
Em italiano, por exemplo, temos “in bocca al lupo” (na boca do lobo), usada como uma espécie de “boa sorte” – mas jamais traduzida ao pé da letra. Em português, falamos “engolir sapos” para expressar situações em que nos calamos mesmo discordando de algo, uma expressão que não faz sentido em italiano.
Além disso, cada língua tem seus costumes e ritmo próprio na fala. O italiano costuma falar rápido e gesticular bastante, enquanto o português é mais reticente, mantendo um tom mais sério e contido.
O italiano e o português são idiomas ricos e encantadores, com diversas semelhanças e diferenças que tornam cada um singular. Não tenha medo de estudar e dominar ambos – conhecendo suas particularidades, você certamente será capaz de apreciar ainda mais as delícias de cada cultura! E, como se diz por aí, buona fortuna e, claro, buon appetito!